A relação entre o Brasil e a Argentina é o eixo central que poderá permitir a construção de uma América Latina e caribenha integrada e de um Mercosul fortalecido. Na medida em que o entendimento político entre os dois países torna-se mais sólido, as questões que provocam atritos pontuais são resolvidas graças aos mecanismos de aproximação já consolidados, como é o caso das reuniões entre os presidentes, ministros e autoridades dos dois governos. A existência de diferenças de entendimento sobre determinados temas não é grave. O importante é que elas possam ser tratadas em ambiente institucional de diálogo, e isso já existe entre os dois países.
De acordo com o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, um exemplo desse diálogo são os frequentes encontros entre os empresários brasileiros e argentinos. O embaixador disse à Agência Brasil que nessas reuniões os empresários não se vêem e não se comportam como competidores, mas como participantes de um mercado ampliado que oferece oportunidades comuns. "Há uma determinação política por trás da aproximação dos dois países, que responde também a uma inclinação natural da cidadania dos dois países, na medida em que os brasileiros conhecem mais a Argentina e vice-versa", disse.
Essa motivação política, segundo Enio Cordeiro, pode ser verificada, na prática, na atuação dos agentes econômicos que levou a um grande crescimento na relação comercial entre o Brasil e a Argentina. "Nós estamos perfeitamente conscientes de que, em termos políticos, os dois países são muito importantes um para o outro", disse. "Nada melhor para a projeção das suas relações externas do que um país poder dizer ‘aquilo que é meu interesse caminha junto com um grande vizinho‘ e que o vizinho possa dizer o mesmo".
Cordeiro disse que a qualidade da relação com os vizinhos é algo inestimável. "Por isso, é importante construir no entorno regional um projeto comum que seja um fator de respeito mútuo, de consertação política, entendimento, prosperidade comum, oportunidades de investimentos e, também, de interação entre a cidadania, com facilidades de residência, livre circulação de pessoas, oportunidades de trabalho e estudo nos dois lados da fronteira".
O embaixador acredita que não interessa a nenhum empresário brasileiro que seu negócio e suas exportações cresçam à custa da perda de empregos e do fechamento de indústrias no pais vizinho. "Nós queremos é crescer todos juntos", disse Cordeiro. "O que nos interessa é encontrar fórmulas que permitem atender a questões que possam, em determinados momentos, afetar em maior ou menor grau um determinado setor do comércio".
Recentemente, a imprensa do Brasil e da Argentina divulgaram informações sobre a proibição da importação de alimentos brasileiros industrializados que tivessem similares produzidos no país vizinho. O embaixador Enio Cordeiro afirma que não recebeu nenhuma queixa de empresários brasileiros relacionada ao assunto. "Não acho que nas questões de relação comercial a gente deva se preocupar muito com a existência de determinadas questões pontuais que possam representar uma tensão momentânea na relação comercial", disse Cordeiro.
"O pior é não ter questão nenhuma, pois isso seria indicativo da irrelevância da nossa relação comercial. Talvez os Estados Unidos e o Canadá sejam os vizinhos que mais comércio têm entre si. Pontos de atrito não significam nenhuma ameaça à relação entre eles. Isso faz parte do cotidiano. A existência de dificuldades nas importações e exportações dos países não significa nenhuma guerra comercial", afirmou.
De acordo com Enio Cordeiro, apenas no mês de maio as exportações brasileiras para o mercado argentino, comparadas com o mesmo período de 2009, cresceram mais de 70%. "Não existe um ambiente que se possa rotular de restrições às exportações brasileiras. Este talvez seja o mercado mais receptivo, nesse momento em que há restrições em tantas outras partes do mundo".
O embaixador acrescentou que, nos últimos anos, empresas brasileiras movimentaram mais de US$ 9 bilhões na economia argentina. No caminho inverso, investimentos argentinos registrados no Brasil chegam a quase US$ 4 bilhões. Segundo Enio Cordeiro, são investimentos direcionados a setores de ponta, de produção de energia, tecnologia agrícola e pastoril, siderurgia e alimentício. "É isso que deve ser estimulado", disse Cordeiro. "Estamos nos esforçando para favorecer e estimular a criação de maior integração produtiva entre os agentes econômicos brasileiros e argentinos".
Fonte - Agência Brasil
De acordo com o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, um exemplo desse diálogo são os frequentes encontros entre os empresários brasileiros e argentinos. O embaixador disse à Agência Brasil que nessas reuniões os empresários não se vêem e não se comportam como competidores, mas como participantes de um mercado ampliado que oferece oportunidades comuns. "Há uma determinação política por trás da aproximação dos dois países, que responde também a uma inclinação natural da cidadania dos dois países, na medida em que os brasileiros conhecem mais a Argentina e vice-versa", disse.
Essa motivação política, segundo Enio Cordeiro, pode ser verificada, na prática, na atuação dos agentes econômicos que levou a um grande crescimento na relação comercial entre o Brasil e a Argentina. "Nós estamos perfeitamente conscientes de que, em termos políticos, os dois países são muito importantes um para o outro", disse. "Nada melhor para a projeção das suas relações externas do que um país poder dizer ‘aquilo que é meu interesse caminha junto com um grande vizinho‘ e que o vizinho possa dizer o mesmo".
Cordeiro disse que a qualidade da relação com os vizinhos é algo inestimável. "Por isso, é importante construir no entorno regional um projeto comum que seja um fator de respeito mútuo, de consertação política, entendimento, prosperidade comum, oportunidades de investimentos e, também, de interação entre a cidadania, com facilidades de residência, livre circulação de pessoas, oportunidades de trabalho e estudo nos dois lados da fronteira".
O embaixador acredita que não interessa a nenhum empresário brasileiro que seu negócio e suas exportações cresçam à custa da perda de empregos e do fechamento de indústrias no pais vizinho. "Nós queremos é crescer todos juntos", disse Cordeiro. "O que nos interessa é encontrar fórmulas que permitem atender a questões que possam, em determinados momentos, afetar em maior ou menor grau um determinado setor do comércio".
Recentemente, a imprensa do Brasil e da Argentina divulgaram informações sobre a proibição da importação de alimentos brasileiros industrializados que tivessem similares produzidos no país vizinho. O embaixador Enio Cordeiro afirma que não recebeu nenhuma queixa de empresários brasileiros relacionada ao assunto. "Não acho que nas questões de relação comercial a gente deva se preocupar muito com a existência de determinadas questões pontuais que possam representar uma tensão momentânea na relação comercial", disse Cordeiro.
"O pior é não ter questão nenhuma, pois isso seria indicativo da irrelevância da nossa relação comercial. Talvez os Estados Unidos e o Canadá sejam os vizinhos que mais comércio têm entre si. Pontos de atrito não significam nenhuma ameaça à relação entre eles. Isso faz parte do cotidiano. A existência de dificuldades nas importações e exportações dos países não significa nenhuma guerra comercial", afirmou.
De acordo com Enio Cordeiro, apenas no mês de maio as exportações brasileiras para o mercado argentino, comparadas com o mesmo período de 2009, cresceram mais de 70%. "Não existe um ambiente que se possa rotular de restrições às exportações brasileiras. Este talvez seja o mercado mais receptivo, nesse momento em que há restrições em tantas outras partes do mundo".
O embaixador acrescentou que, nos últimos anos, empresas brasileiras movimentaram mais de US$ 9 bilhões na economia argentina. No caminho inverso, investimentos argentinos registrados no Brasil chegam a quase US$ 4 bilhões. Segundo Enio Cordeiro, são investimentos direcionados a setores de ponta, de produção de energia, tecnologia agrícola e pastoril, siderurgia e alimentício. "É isso que deve ser estimulado", disse Cordeiro. "Estamos nos esforçando para favorecer e estimular a criação de maior integração produtiva entre os agentes econômicos brasileiros e argentinos".
Fonte - Agência Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário