União Brasileira de Avicultura (Ubabef) ampliou de 10% para 15% a projeção de crescimento das receitas com exportações de carne de frango do país neste ano em comparação com os US$ 5,814 bilhões apurados em 2009. A revisão foi provocada pelo desempenho acumulado no primeiro semestre, que apresentou alta de 15,36% sobre o mesmo período do exercício passado, para US$ 3,111 bilhões, informou ontem o presidente executivo da entidade, Francisco Turra.
De acordo com ele, para retornar aos patamares pré-crise o faturamento das exportações do setor deveria crescer 20%. Mesmo assim, o resultado do semestre já reflete a recuperação parcial dos preços médios do produto no mercado internacional, que haviam caído 19% de 2008 para 2009 e agora registraram alta de 15,5% sobre os seis primeiros meses do ano passado, para US$ 1.723 a tonelada. Em volume, os embarques de janeiro a junho tiveram ligeira queda de 0,12%, para 1,805 milhão de toneladas.
Depois da união da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef) com a antiga União Brasileira de Avicultura (UBA), em abril, a nova entidade também divulgou ontem pela primeira vez os dados sobre as exportações de outras aves como perus, patos e gansos, que somaram mais US$ 289,9 milhões e 125,9 mil toneladas. Já os embarques de ovos in natura e processados recuaram 14,5% em volume no semestre, para 16 mil toneladas, e aumentaram 7,73% em valor, para US$ 23,3 milhões.
Entre os mercados mais importantes para o frango brasileiro, a China foi o que mais aumentou as compras no semestre, passando de 652 toneladas em 2009 para 48,9 mil toneladas. Conforme Turra, os chineses efetivamente passaram a importar o produto do Brasil em agosto passado, depois de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Antes as vendas para aquele mercado eram feitas via Hong Kong, que agora, com a mudança, deixou de comprar 46,1 mil toneladas e ficou em 175,2 mil toneladas.
Segundo maior importador do Brasil (atrás apenas da Arábia Saudita, que cresceu 8%, para 249,1 mil toneladas), a União Europeia reduziu as compras em 19% (ou 49 mil toneladas) no semestre, para 206,1 mil toneladas, devido aos efeitos da crise econômica no continente e a medidas protecionistas contra a carne brasileira, explicou Turra.
Conforme o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin, o conselho deliberativo da entidade deve reunir-se em até 15 dias para decidir se encaminha ao Itamaraty o pedido de abertura de painel contra a UE na Organização Mundial de Comércio (OMC).
A queixa é contra a mudança na legislação europeia sobre carne fresca ("fresh meat"), que desde maio determina que todo o frango importado congelado deve ser vendido congelado no continente. O Brasil só exporta este produto para as preparações a partir de carne cozida e por isso os embarques poderão ser prejudicados.
"Queremos que a UE adote a etiqueta ' feito com carne previamente congelada ' , como já acontece com os peixes, suínos e carne bovina", explicou Santin. Segundo ele, a Europa também pretende desconstituir acordos referentes a oito linhas de produtos cozidos submetidos a regimes de cotas com redução tarifária, o que não é aceito pela Ubabef.
Fonte - (Sérgio Bueno Valor)
De acordo com ele, para retornar aos patamares pré-crise o faturamento das exportações do setor deveria crescer 20%. Mesmo assim, o resultado do semestre já reflete a recuperação parcial dos preços médios do produto no mercado internacional, que haviam caído 19% de 2008 para 2009 e agora registraram alta de 15,5% sobre os seis primeiros meses do ano passado, para US$ 1.723 a tonelada. Em volume, os embarques de janeiro a junho tiveram ligeira queda de 0,12%, para 1,805 milhão de toneladas.
Depois da união da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef) com a antiga União Brasileira de Avicultura (UBA), em abril, a nova entidade também divulgou ontem pela primeira vez os dados sobre as exportações de outras aves como perus, patos e gansos, que somaram mais US$ 289,9 milhões e 125,9 mil toneladas. Já os embarques de ovos in natura e processados recuaram 14,5% em volume no semestre, para 16 mil toneladas, e aumentaram 7,73% em valor, para US$ 23,3 milhões.
Entre os mercados mais importantes para o frango brasileiro, a China foi o que mais aumentou as compras no semestre, passando de 652 toneladas em 2009 para 48,9 mil toneladas. Conforme Turra, os chineses efetivamente passaram a importar o produto do Brasil em agosto passado, depois de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Antes as vendas para aquele mercado eram feitas via Hong Kong, que agora, com a mudança, deixou de comprar 46,1 mil toneladas e ficou em 175,2 mil toneladas.
Segundo maior importador do Brasil (atrás apenas da Arábia Saudita, que cresceu 8%, para 249,1 mil toneladas), a União Europeia reduziu as compras em 19% (ou 49 mil toneladas) no semestre, para 206,1 mil toneladas, devido aos efeitos da crise econômica no continente e a medidas protecionistas contra a carne brasileira, explicou Turra.
Conforme o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin, o conselho deliberativo da entidade deve reunir-se em até 15 dias para decidir se encaminha ao Itamaraty o pedido de abertura de painel contra a UE na Organização Mundial de Comércio (OMC).
A queixa é contra a mudança na legislação europeia sobre carne fresca ("fresh meat"), que desde maio determina que todo o frango importado congelado deve ser vendido congelado no continente. O Brasil só exporta este produto para as preparações a partir de carne cozida e por isso os embarques poderão ser prejudicados.
"Queremos que a UE adote a etiqueta ' feito com carne previamente congelada ' , como já acontece com os peixes, suínos e carne bovina", explicou Santin. Segundo ele, a Europa também pretende desconstituir acordos referentes a oito linhas de produtos cozidos submetidos a regimes de cotas com redução tarifária, o que não é aceito pela Ubabef.
Fonte - (Sérgio Bueno Valor)
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