As constantes pressões do governo argentino sobre o empresariado local resultou em negociações recordes por meio do Sistema de Moeda Local (SML), que elimina o dólar das operações de comércio exterior. De acordo com o Banco Central, o valor obtido em 224 operações de exportação foi de R$ 158 milhões. No mesmo mês do ano passado o valor apresentado foi de R$ 27 milhões.
Segundo empresários argentinos o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, ordenou que as importações e exportações fossem em proporções iguais e que os alimentos do Brasil vão poder entrar no país, mas os importadores vão ter de usar o SML, para o intercâmbio comercial não prejudicar a economia interna argentina.
"O governo está preocupado com a grande quantidade de dólar na economia argentina e a desvalorização do peso frente ao dólar. O lado positivo é que temos o SML para comprar do Brasil", disse uma fonte argentina.
"Durante a reunião os empresários foram informados quanto à necessidade de proteger o mercado interno, elevar as exportações e deixar de importar produtos do exterior, qualquer que seja o país, mas comprar o necessário pelo SML. A pressão do governo é para que os empresários argentinos comprem mais caro ou mais barato, mas que seja de produtores locais, que ajudem a alavancar as vendas internas", disse com exclusividade ao DCI, Roberto Segatto, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex).
O setor de autopeças também recebeu a orientação de importar peças do Brasil usando o SML, criado em outubro de 2008 para eliminar o dólar das transações comerciais. Mas o Brasil não é o único a sofrer as barreiras. Tanto que o porta-voz da União Europeia, John Clancy, acusou a Argentina de aplicar medidas protecionistas e pediu que o governo "deixe imediatamente de bloquear" as importações europeias. "Estamos muito preocupados porque a situação atual está tendo um impacto negativo em algumas exportações de produtos comestíveis da UE", disse Clancy.
"O governo argentino não quer que o mercado esteja inundado de dólares. Para nós, não há problema porque não muda nada realizar as operações em pesos, reais ou dólares", disse Segatto.
Para o presidente da Associação das empresas de comércio internacional (AECI), Paulo Camurugi há outra razão, além da pressão do governo argentino.
"O recorde no mês também ocorre devido as facilidades dos importadores e dos exportadores pagar e receber, em suas respectivas moedas. Outra vantagem também é o benefício para o exportador brasileiro que contrata e recebe em reais e elimina o risco cambial e os custos de conversão", explica Camurugi.
"Houve um acordo entre os dois países para usar o SML, isso se deve a perda da importância do dólar, como referência monetária internacional, segundo ponto, evita despesas com conversões de moeda. Há uma variação do real para o dólar e do peso para o dólar, fica mais previsível os preços por meio do SML", acrescenta o professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.
No ano as exportações do Brasil para Argentina pelo SML atingiu o montante de R$ 485,9 milhões no total de 1.347 operações. Enquanto as importações marcaram R$ 4 milhões e 19 operações comerciais. Em 2009, na análise do mesmo período, o valor das exportações foi de R$ 122,5 milhões em 308 operações. Já as importações marcaram R$ 1,2 milhões com 32 operações. "A tendência é de crescimento, pois cabe registrar, a respeito da exportação, o crescimento consistente da quantidade de operações e dos valores que ocorreu ao longo de pouco mais de um ano de entrada em funcionamento deste sistema de pagamentos", conclui Camurugi.
Segundo empresários argentinos o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, ordenou que as importações e exportações fossem em proporções iguais e que os alimentos do Brasil vão poder entrar no país, mas os importadores vão ter de usar o SML, para o intercâmbio comercial não prejudicar a economia interna argentina.
"O governo está preocupado com a grande quantidade de dólar na economia argentina e a desvalorização do peso frente ao dólar. O lado positivo é que temos o SML para comprar do Brasil", disse uma fonte argentina.
"Durante a reunião os empresários foram informados quanto à necessidade de proteger o mercado interno, elevar as exportações e deixar de importar produtos do exterior, qualquer que seja o país, mas comprar o necessário pelo SML. A pressão do governo é para que os empresários argentinos comprem mais caro ou mais barato, mas que seja de produtores locais, que ajudem a alavancar as vendas internas", disse com exclusividade ao DCI, Roberto Segatto, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex).
O setor de autopeças também recebeu a orientação de importar peças do Brasil usando o SML, criado em outubro de 2008 para eliminar o dólar das transações comerciais. Mas o Brasil não é o único a sofrer as barreiras. Tanto que o porta-voz da União Europeia, John Clancy, acusou a Argentina de aplicar medidas protecionistas e pediu que o governo "deixe imediatamente de bloquear" as importações europeias. "Estamos muito preocupados porque a situação atual está tendo um impacto negativo em algumas exportações de produtos comestíveis da UE", disse Clancy.
"O governo argentino não quer que o mercado esteja inundado de dólares. Para nós, não há problema porque não muda nada realizar as operações em pesos, reais ou dólares", disse Segatto.
Para o presidente da Associação das empresas de comércio internacional (AECI), Paulo Camurugi há outra razão, além da pressão do governo argentino.
"O recorde no mês também ocorre devido as facilidades dos importadores e dos exportadores pagar e receber, em suas respectivas moedas. Outra vantagem também é o benefício para o exportador brasileiro que contrata e recebe em reais e elimina o risco cambial e os custos de conversão", explica Camurugi.
"Houve um acordo entre os dois países para usar o SML, isso se deve a perda da importância do dólar, como referência monetária internacional, segundo ponto, evita despesas com conversões de moeda. Há uma variação do real para o dólar e do peso para o dólar, fica mais previsível os preços por meio do SML", acrescenta o professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.
No ano as exportações do Brasil para Argentina pelo SML atingiu o montante de R$ 485,9 milhões no total de 1.347 operações. Enquanto as importações marcaram R$ 4 milhões e 19 operações comerciais. Em 2009, na análise do mesmo período, o valor das exportações foi de R$ 122,5 milhões em 308 operações. Já as importações marcaram R$ 1,2 milhões com 32 operações. "A tendência é de crescimento, pois cabe registrar, a respeito da exportação, o crescimento consistente da quantidade de operações e dos valores que ocorreu ao longo de pouco mais de um ano de entrada em funcionamento deste sistema de pagamentos", conclui Camurugi.
Fonte - DCI
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