domingo, 18 de julho de 2010

Recuperação de Evo e Lei autonômica marcam semana boliviana

A recuperação do presidente Evo Morales e os debates parlamentares sobre a Lei Marco de Autonomias e Descentralização marcaram a mais recente semana noticiosa da Bolívia.
Em meados da semana passada, Morales teve que abandonar suas funções depois de sofrer uma infecção estomacal, mas na presente deixou atrás o padecimento e inclusive viajou ao interior do país para cumprir funções de trabalho.
Enquanto isso, a mais complexa das cinco leis orgânicas do país, a de Autonomias, entrou na plenária da Assembléia Legislativa, onde deputados e senadores discutem-na ponto a ponto.
As autoridades do país chamaram em várias ocasiões os legisladores opositores a que participassem ativamente nos debates e não tentassem frear a todo custo a aprovação do projeto sem razões importantes.
O vice-presidente Álvaro García declarou que o governamental Movimento Ao Socialismo (MAS) quer evitar impor sua maioria na aprovação da norma, mesmo sabendo que pode fazê-lo tecnicamente por possuir os dois terços requeridos.

Por outra parte, a reunião entre os vice-chanceleres Mónica Soriano, da Bolívia, e Fernando Schmidt, do Chile, concluiu de maneira esperançosa com avanços em todos os pontos em análise.
No assunto mais polêmico, a demanda marítima de La Paz, decidiram realizar proximamente propostas factíveis, concretas e úteis, ainda que destacaram o clima de confiança criado com respeito ao tópico.
Do mesmo modo houve avanços a respeito da disputa pelo pagamento das águas do manancial fronteiriço Silala e ademais criou-se uma comissão mista contra drogas.
Especialmente sobressaiu a ampliação do porto chileno de Iquique e a criação de uma comissão binacional que definirá os aspectos operativos para sua habilitação sobre a base do regime de livre trânsito.
Como conclusão, ambas partes lembraram de voltar a se reunir em novembro próximo para dar continuidade aos temas de interesse bilateral.
Por último, durante os últimos sete dias destacou a atenção também o julgamento por desacato interposto pelo vice-mandatário ao governador de Santa Cruz (leste), Rubén Costa.
Neste sentido, o Promotor do Distrito de La Paz, Williams Dávila, anunciou o início das investigações, depois das quais o líder cruzenho pudesse ser forçado a abandonar o cargo se a Promotoria lhe apresentar uma acusação formal.
Em uma conferência de imprensa na semana passada, Costa acusou ao vice-presidente de receber dinheiro do narcotráfico, mas ao não mostrar provas o vice-mandatário decidiu apresentar a denúncia por desacato ante o Ministério Público.
Fonte - Prensa Latina

Sem comentários: