sábado, 3 de julho de 2010

Equador negocia empréstimo de U$ 1 bilhão com a China

O Equador está negociando um empréstimo de US$ 1 bilhão com o banco de cooperação ao desenvolvimento chinês Development Bank Corporation, a ser pago em petróleo ou óleo combustível pela estatal Petroecuador à chinesa PetroChina International Company. O país está recorrendo ao financiamento chinês após o acesso ao capital privado estrangeiro ter sido prejudicado por uma operação de recompra da dívida soberana mal recebida no mercado no ano passado. Além disso, ocorreu uma deterioração nas relações do país com financiadores multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Equador tem um déficit de orçamento de mais de US$ 4 bilhões neste ano e precisa financiar projetos públicos para manter uma economia já à beira da estagnação. No início de junho, autoridades do Ministério de Finanças do Equador e do banco chinês se reuniram em Pequim para discutir o empréstimo. Em 11 de junho, representantes da Petroecuador e da PetroChina reuniram-se para discutir a transação, que não foi finalizada. De acordo com as minutas das reuniões assinadas em 12 de junho, a Petroecuador vai fornecer à PetroChina 36 mil barris por dia de petróleo bruto. "A Petroecuador vai fornecer petróleo sob o contrato até que toda a quantia do empréstimo seja paga", diz o documento. O financiamento está previsto para ser pago dentro de quatro anos.
Uma parte do empréstimo (US$ 200 milhões) será utilizada para financiar projetos de investimento no Equador, selecionados pela Secretaria de Planejamento do país de uma lista de projetos prioritários nos setores de infraestrutura e energia, nos quais há empresas chinesas envolvidas. Os outros US$ 800 milhões estarão disponíveis para uso livre do Ministério de Finanças. O empréstimo terá uma taxa de juros fixa de 6,5% ao ano.
As minutas foram assinadas por William Vasconez Rubio, coordenador-geral de assuntos legais do Ministério de Finanças do Equador, e Jorge Regalado, coordenador-geral da equipe de gerenciamento de contratos de petróleo da Petroecuador, além de Tian Yunhai, vice-diretor do Development Corporation da China e Zhao Yong, vice-presidente da PetroChina. As informações são da Dow Jones.
Fonte - Ligia Sanchez, da Agência Estado

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