quarta-feira, 7 de julho de 2010

Argentina volta a rechasar acusações de comércio ilegal com a Venezuela

O chefe de Gabinete da Argentina, Aníbal Fernández, assegurou hoje que "nunca se vendeu nem um parafuso que não passou pela Chancelaria", ao defender que não existem irregularidades nas operações comerciais com a Venezuela.
A polêmica foi intensificada após o depoimento do ex-embaixador argentino em Caracas Eduardo Sadous, que anteriormente denunciou um esquema por meio do qual empresários argentinos pagariam para realizar transações com o país governado por Hugo Chávez -- o que lhe rendeu seu cargo.
Um dia depois da declaração de Sadous, a imprensa local publicou que o diplomata acusou o ex-presidente Néstor Kirchner e o ministro do Planejamento, Julio De Vido, de envolvimento com o caso.
Após a repercussão das acusações, deputados da oposição pediram a formação de uma comissão de inquérito para analisar as denúncias, e solicitaram a intimação do chanceler da Argentina, Héctor Timerman, e do ministro do Planejamento do país, Julio De Vido.
Fernández rechaçou as versões dos parlamentares e dos jornais sobre irregularidades e disse que "alguns veículos da imprensa publicam lixo diariamente" e que, com isso, pretendem "intoxicar a sociedade".
O representante do governo de Cristina Kirchner esclareceu ainda que existem diferentes controles do comércio com a Venezuela, entre os quais citou a aduana, a Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip, na sigla em espanhol), e a Chancelaria.O deputado Gustavo Ferrari, do peronismo dissidente, disse hoje que "deve ser evitada ou obstruída a criação de uma comissão de inquérito" parlamentar.
O deputado Gustavo Ferrari, do peronismo dissidente, pediu, por sua vez, ao governo que "deixe de evitar ou obstruir a criação de uma comissão de inquérito" parlamentar. Há "um projeto avalizado por quase todas as bancadas da oposição" para iniciar a investigação, mas o governo "está demorando para fazer a convocatória", ressaltou.
Fonte - ANSA

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