Em uma prova de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estarão no topo de sua agenda de governo, o presidente eleito Juan Manuel Santos reuniu-se ontem com a cúpula militar, incluindo o ministro da Defesa, Gabriel Silva Luján. Durante o encontro, realizado a portas fechadas e com duração de quase uma hora, Santos felicitou o comando do Exército pelo recente resgate de quatro militares que estavam em poder da guerrilha esquerdista havia mais de 11 anos. Também analisou as consequências da chamada Política de Segurança Democrática, um dos pilares do governo de Álvaro Uribe. O novo chefe de Estado colombiano, que toma posse em 7 de agosto, aproveitou a reunião para anunciar Juan Carlos Pinzón — um ex-funcionário do Ministério da Fazenda — como novo secretário geral da Presidência.
Por telefone, de Bogotá, Eduardo Bechara Gómez — especialista em negociação e gerenciamento de conflitos da Universidad Externado de Colombia — afirmou ao Correio que Santos tentará ajustar a Política de Segurança Democrática às transformações do conflito armado. “O mais importante nesse novo governo é incorporar a forma de atuação da guerrilha, que se adaptou às circunstâncias do novo cenário de guerra. As forças militares têm vindo de um processo de modernização, financiadas pelo Plano Colômbia, dos Estados Unidos”, lembra o professor. “Nesse contexto, as guerrilhas sofreram retrocessos militares, econômicos e políticos”, acrescenta.
Segundo Bechara, os rebeldes perderam frentes de combate próximas a Bogotá e a Medellín. “As Farc ainda têm uma capacidade de golpear a força pública, por meio de emboscadas e minas terrestres, principalmente nos departamentos de Putumayo e Nariño”, adverte. O especialista acredita que Santos terá desafios na área econômica. “A Colômbia detém o maior índice de desemprego da América Latina e o mercado trabalhista está em franca deterioração”, comenta. Para essa missão, Santos nomeou Juan Carlos Echeverry para a pasta da Fazenda. Echeverry foi diretor de planejamento econômico no governo de Andrés Pastrana, entre 1998 e 2002, e ajudou a tirar o país da pior recessão desde a década de 1930.
Fonte - Correio Brasiliense
Por telefone, de Bogotá, Eduardo Bechara Gómez — especialista em negociação e gerenciamento de conflitos da Universidad Externado de Colombia — afirmou ao Correio que Santos tentará ajustar a Política de Segurança Democrática às transformações do conflito armado. “O mais importante nesse novo governo é incorporar a forma de atuação da guerrilha, que se adaptou às circunstâncias do novo cenário de guerra. As forças militares têm vindo de um processo de modernização, financiadas pelo Plano Colômbia, dos Estados Unidos”, lembra o professor. “Nesse contexto, as guerrilhas sofreram retrocessos militares, econômicos e políticos”, acrescenta.
Segundo Bechara, os rebeldes perderam frentes de combate próximas a Bogotá e a Medellín. “As Farc ainda têm uma capacidade de golpear a força pública, por meio de emboscadas e minas terrestres, principalmente nos departamentos de Putumayo e Nariño”, adverte. O especialista acredita que Santos terá desafios na área econômica. “A Colômbia detém o maior índice de desemprego da América Latina e o mercado trabalhista está em franca deterioração”, comenta. Para essa missão, Santos nomeou Juan Carlos Echeverry para a pasta da Fazenda. Echeverry foi diretor de planejamento econômico no governo de Andrés Pastrana, entre 1998 e 2002, e ajudou a tirar o país da pior recessão desde a década de 1930.
Fonte - Correio Brasiliense
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