domingo, 20 de junho de 2010

Novo possivel presidente da Colombia ''Temos de nos concentrar na geração de empregos''

Qual será o principal desafio do próximo presidente do país?
Agora que o presidente Álvaro Uribe nos devolveu a segurança, temos a oportunidade de nos concentrarmos na criação de mais trabalho, deixando para trás o índice de desemprego que passa dos 12%. Minha presidência garante duas coisas: a preservação da segurança e da tranquilidade dos colombianos e uma política de criação de emprego. Quero que se lembrem de mim como o presidente que deu emprego aos colombianos.
Como o sr. pretende melhorar as relações com a Venezuela?
Com diplomacia, prudência e respeito. Tenho muito carinho pelos venezuelanos.
Como será sua relação com o Brasil?
Quero aprofundar o comércio. O Brasil é um sócio estratégico e, nos últimos anos, houve um crescimento do investimento brasileiro na Colômbia. Também quero propor programas para a população da fronteira e intensificar a luta contra o narcoterrorismo. Devo destacar que a política externa brasileira é uma grande referência para a região. Sua tradição pacifista e de defesa de seus interesses fazem do Brasil uma potência com a qual compartilhamos interesses comuns.
Foi revelado recentemente que as Farc têm bases no Brasil. A fuga da guerrilha para outros países está ligada ao êxito do Exército colombiano em combatê-la?
Sem dúvida a guerrilha está encurralada. Mas estamos satisfeitos com o trabalho em equipe realizado com o Brasil. A cooperação com o governo do presidente Lula é um exemplo de como a segurança regional deve motivar a aproximação de países irmãos.
Ainda há cerca de 20 reféns com as Farc. Qual será a política de seu governo para libertá-los?
Os sequestrados devem ser libertados unilateralmente. Não deve haver negociação com os guerrilheiros. O Estado deve buscar o resgate (dos reféns). Esse é um bom momento para lembrar que, nos últimos anos, a maioria dos sequestrados foi resgatada por forças públicas.
O sr. acredita ser possível exterminar as Farc?
Derrotaremos o terrorismo. Manteremos uma pressão constante sobre os grupos criminosos. Usaremos a desmobilização como alternativa para os membros de organizações armadas, com programas de reintegração que ofereçam uma opção de vida digna.
O que o sr. mudaria na relação com os EUA?
A relação bilateral que temos com os EUA é fruto do compromisso dos dois partidos políticos americanos. O Plano Colômbia, que foi o marco da cooperação militar, nasceu durante o governo de Bill Clinton e teve apoio dos partidos Republicano e Democrata. Posteriormente, com George W. Bush e Barack Obama, a cooperação manteve a mesma linha.
Fonte - Estadão



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