Ao lado do presidente do Peru, Alan García, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira a construção de um discurso único pelos países amazônicos para ser apresentado na próxima reunião de cúpula sobre o combate ao aquecimento global.
Para ele, a iniciativa é necessária para evitar que os países ricos imponham barreiras ao crescimento dos países em desenvolvimento. A COP16 será realizada em Cancún, México, entre 29 de novembro e 10 de dezembro. É a conferência que se segue à COP15, ocorrida em Copenhague no final do ano passado.
"Os países amazônicos têm que construir um discurso único para chegar a Cancún em dezembro e fechar uma proposta", afirmou Lula a jornalistas em Manaus, cidade localizada no meio da Amazônia.
"Penso que nós precisamos fazer uma unidade de integração sul-americana e chegar na COP16 muito fortes para a gente aprovar uma política ambientalmente mais correta."
O presidente brasileiro argumentou que os países amazônicos precisam a ter cuidado com o discurso de alguns países ricos, que pretendem impedir a construção de usinas hidrelétricas na região como forma de incentivar a venda da tecnologia de geração de energia nuclear. Lula lembrou que as fontes alternativas a essas duas opções são ainda mais poluentes: as usinas térmicas a óleo ou carvão.
"A questão do clima tem que ser levada a sério e nós temos que fazer as coisas corretas, mas a gente não pode ficar à mercê dos discursos dos países que já desmataram tudo que tinham que desmatar, já ganharam tudo que tinham que ganhar, já estão ricos e agora não querem que a gente fique rico", acrescentou.
Na reunião de cúpula de Copenhague, o Brasil apresentou as metas de redução de emissão de gases estufa responsáveis pelo aquecimento. No geral, o encontro não atingiu plenamente seus objetivos.
Texto de Fernando Exman; Edição de Carmen Munari
Para ele, a iniciativa é necessária para evitar que os países ricos imponham barreiras ao crescimento dos países em desenvolvimento. A COP16 será realizada em Cancún, México, entre 29 de novembro e 10 de dezembro. É a conferência que se segue à COP15, ocorrida em Copenhague no final do ano passado.
"Os países amazônicos têm que construir um discurso único para chegar a Cancún em dezembro e fechar uma proposta", afirmou Lula a jornalistas em Manaus, cidade localizada no meio da Amazônia.
"Penso que nós precisamos fazer uma unidade de integração sul-americana e chegar na COP16 muito fortes para a gente aprovar uma política ambientalmente mais correta."
O presidente brasileiro argumentou que os países amazônicos precisam a ter cuidado com o discurso de alguns países ricos, que pretendem impedir a construção de usinas hidrelétricas na região como forma de incentivar a venda da tecnologia de geração de energia nuclear. Lula lembrou que as fontes alternativas a essas duas opções são ainda mais poluentes: as usinas térmicas a óleo ou carvão.
"A questão do clima tem que ser levada a sério e nós temos que fazer as coisas corretas, mas a gente não pode ficar à mercê dos discursos dos países que já desmataram tudo que tinham que desmatar, já ganharam tudo que tinham que ganhar, já estão ricos e agora não querem que a gente fique rico", acrescentou.
Na reunião de cúpula de Copenhague, o Brasil apresentou as metas de redução de emissão de gases estufa responsáveis pelo aquecimento. No geral, o encontro não atingiu plenamente seus objetivos.
Texto de Fernando Exman; Edição de Carmen Munari
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