sábado, 26 de junho de 2010

Lítio pode decretar o fim do petróleo como combustível

A Bolívia conta com uma grande reserva desse metal, estimada em 100 milhões de toneladas, no salar andino de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, de em torno de 10.000 km2. Na semana passada, um estudo de geólogos americanos divulgou que o Afeganistão tem quase 1 bilhão de dólares em reservas minerais inexploradas, incluindo reservas de lítio tão importantes como as da Bolívia.
Segundo uma nota interna do Pentágono, o Afeganistão – devastado por décadas de guerra – poderá converter-se na “Arábia Saudita do lítio”. As companhias mineiras e tecnológicas olham há muito tempo para o lítio, um componente indispensável para baterias recarregáveis, utilizadas pelos telefones e por computadores portáteis, iPods e iPads, assim como para acessórios de informática, militares e médicos.
O lítio é usado inclusive dentro do corpo humano, para o funcionamento dos marcapassos. No entanto, o interesse por esse metal centra-se agora em sua utilização para o funcionamento de veículos elétricos e híbridos, um mercado que deve registrar explosão nos próximos anos.
Os fabricantes de automóveis japoneses Nissan, Honda e Toyota encontram-se entre os que apostam fortemente nesse tipo de veículo, que não emitem gases de efeito estufa e que deverão substituir os automóveis movidos a gasolina. Nesse sentido, as baterias recarregáveis de íons de lítio – conhecidas também como baterias Li-Ion -, e potencialmente novas baterias como uma que combina lítio com oxigênio, surgem como a melhor opção por sua eficiência, seu pouco peso e sua grande capacidade de armazenamento de energia.
O presidente americano, Barack Obama, disse que deseja 1 milhão de automóveis híbridos elétricos nas ruas de seu país em 2015. O vice-presidente americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira passada, na cerimônia de inauguração de uma fábrica de baterias de lítio, que esse produto poderá reduzir a dependência americana de petróleo e prevenir desastres como o recente vazamento de óleo no Golfo do México.
Fonte - A Tarde

Sem comentários: