A captação de recursos que a Eletrobras planeja fazer até o fim deste ano pode alcançar o montante de US$ 5,5 bilhões. Foi o que afirmou ontem o presidente da empresa, José Antonio Muniz Lopes. Desta previsão de captação, US$ 2 bilhões já foram aprovados pela companhia e US$ 2 bilhões ainda precisam passar pelo crivo do Conselho de Administração da Eletrobras (CAE). Além disso, explicou Muniz, a empresa estuda uma proposta da Areva no valor de US$ 1,5 bilhão para que a estatal adquira os equipamentos adicionais para terminar a central termonuclear de Angra 3.
De acordo com a Eletrobras, da primeira parte de US$ 2 bilhões já aprovados pelo Conselho, o Banco Mundial deverá liberar cerca de US$ 500 milhões para a estatal reestruturar as empresas de distribuição que controla. Segundo Muniz, esse contrato já está em fase de conclusão e deverá ser assinado em breve. Uma outra parcela, de US$ 500 milhões, ainda está em negociação com a Corporación Andina de Fomento (CAF) e seu destino não está definido. O executivo disse, em coletiva depois de evento em que foi homenageado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB), que a empresa ainda terá US$ 1bilhão em bônus, mas essa emissão ainda não foi definida, pois depende de uma análise da situação de mercado. Todos esses recursos, explicou, serão equilibrados pelos recebíveis da Usina de Itaipu.
Do valor total, a empresa ainda negocia uma parcela de US$ 2 bilhões que deverá ser aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras. Muniz afirmou que ainda não há prazo para que essa autorização seja concedida, mas que o pedido para essa captação já foi feito aos seus membros. Segundo Muniz, a meta da diretoria da Eletrobras com esses recursos é de ter um hedge da dívida da empresa em dólar e evitar perdas com a variação do câmbio.
"Essa operação não significa que estamos precisando de dinheiro, que a Eletrobras está comprando dinheiro", ressaltou Muniz. "Precisamos fazer o hedge natural dessa nossa receita de Itaipu para termos o resultado real da empresa, não o fictício", complementou ele, que reafirmou que a meta é essa captação ser concluída este ano.
O executivo comentou que além dos US$ 4 bilhões que a Eletrobras pretende levantar, o demais US$ 1,5 bilhão deverá ser originado de instituições financeiras francesas, em decorrência do fornecimento de equipamentos de Angra 3 pela Areva.
Sobre os rumores que surgiram na sexta-feira de que a empresa teria recebido um convite para entrar como investidora em um projeto de alumínio em Camarões, ele destacou que a Eletrobras recebe com frequência convites para projetos. "Essas propostas têm de passar pelo Comitê de Investimento, que faz uma triagem para verificar se o projeto em questão que se enquadra em nossa política de investimentos", afirmou Muniz.
Acordo em Itaipu
Enquanto a Eletrobras negocia a captação de recursos para balancear o resultado da empresa com Itaipu, o acordo para aumento do pagamento brasileiro pela parcela de energia que o Paraguai não consome de Itaipu, continua. O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou ontem, em São Paulo, que o acordo sobre a revisão do preço da energia foi aprovado pelo congresso daquele país. Segundo o acordo firmado entre os dois países, o novo valor da cessão da energia gerada, que era de cerca de US$ 100 milhões, passará a custar cerca de US$ 300 milhões.
"O acordo já foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. No Paraguai, essa questão já está concluída", afirmou Samek. De acordo com o executivo, agora depende apenas do Congresso Nacional brasileiro para que ocorra a revisão do Tratado de Itaipu, de 1973. Além disso, os dois governos continuam a discutir a possibilidade de o Paraguai vender diretamente a sua energia de Itaipu no mercado brasileiro. Samek disse que a diretoria brasileira produziu um estudo sobre a perspectiva do preço da energia em um horizonte de 20 anos. Segundo ele, esse material foi apresentado ao Paraguai, que avalia os cenários para vender diretamente a energia no Brasil.
Samek disse que as condições do tratado são favoráveis ao Paraguai porque evitam que a remuneração do país vizinho sofra influência das oscilações do preço da energia no mercado brasileiro. Ele considera importante a entrada gradual da estatal paraguaia Ande no mercado brasileiro, pois em 2022 a Usina de Itaipu estará paga e o anexo C do tratado será revisado. Por isso, "é importante que o Paraguai conheça as condições do mercado brasileiro", disse o executivo.
A captação de recursos que a Eletrobras planeja fazer até o final do ano pode alcançar o total de US$ 5,5 bilhões, segundo disse ontem o presidente da empresa, José Antônio Muniz Lopes. Dessa previsão de captação, US$ 2 bilhões já foram aprovados pela companhia e outros US$ 2 bilhões ainda precisam passar pelo crivo do Conselho de Administração da Eletrobras (CAE).
Além disso, explicou Muniz, a empresa estuda proposta de financiamento da francesa Areva de US$ 1,5 bilhão, para que a estatal adquira equipamentos adicionais para terminar a central termonuclear de Angra 3.
De acordo com a Eletrobras, da primeira parte de US$ 2 bilhões já aprovados pelo Conselho, o Banco Mundial deverá liberar cerca de US$ 500 milhões para a estatal reestruturar as empresas de distribuição que controla. Outra parcela de US$ 500 milhões ainda está em negociação com a Corporación Andina de Fomento (CAF) e seu destino não está definido.
Fonte - DCI
De acordo com a Eletrobras, da primeira parte de US$ 2 bilhões já aprovados pelo Conselho, o Banco Mundial deverá liberar cerca de US$ 500 milhões para a estatal reestruturar as empresas de distribuição que controla. Segundo Muniz, esse contrato já está em fase de conclusão e deverá ser assinado em breve. Uma outra parcela, de US$ 500 milhões, ainda está em negociação com a Corporación Andina de Fomento (CAF) e seu destino não está definido. O executivo disse, em coletiva depois de evento em que foi homenageado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB), que a empresa ainda terá US$ 1bilhão em bônus, mas essa emissão ainda não foi definida, pois depende de uma análise da situação de mercado. Todos esses recursos, explicou, serão equilibrados pelos recebíveis da Usina de Itaipu.
Do valor total, a empresa ainda negocia uma parcela de US$ 2 bilhões que deverá ser aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras. Muniz afirmou que ainda não há prazo para que essa autorização seja concedida, mas que o pedido para essa captação já foi feito aos seus membros. Segundo Muniz, a meta da diretoria da Eletrobras com esses recursos é de ter um hedge da dívida da empresa em dólar e evitar perdas com a variação do câmbio.
"Essa operação não significa que estamos precisando de dinheiro, que a Eletrobras está comprando dinheiro", ressaltou Muniz. "Precisamos fazer o hedge natural dessa nossa receita de Itaipu para termos o resultado real da empresa, não o fictício", complementou ele, que reafirmou que a meta é essa captação ser concluída este ano.
O executivo comentou que além dos US$ 4 bilhões que a Eletrobras pretende levantar, o demais US$ 1,5 bilhão deverá ser originado de instituições financeiras francesas, em decorrência do fornecimento de equipamentos de Angra 3 pela Areva.
Sobre os rumores que surgiram na sexta-feira de que a empresa teria recebido um convite para entrar como investidora em um projeto de alumínio em Camarões, ele destacou que a Eletrobras recebe com frequência convites para projetos. "Essas propostas têm de passar pelo Comitê de Investimento, que faz uma triagem para verificar se o projeto em questão que se enquadra em nossa política de investimentos", afirmou Muniz.
Acordo em Itaipu
Enquanto a Eletrobras negocia a captação de recursos para balancear o resultado da empresa com Itaipu, o acordo para aumento do pagamento brasileiro pela parcela de energia que o Paraguai não consome de Itaipu, continua. O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou ontem, em São Paulo, que o acordo sobre a revisão do preço da energia foi aprovado pelo congresso daquele país. Segundo o acordo firmado entre os dois países, o novo valor da cessão da energia gerada, que era de cerca de US$ 100 milhões, passará a custar cerca de US$ 300 milhões.
"O acordo já foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. No Paraguai, essa questão já está concluída", afirmou Samek. De acordo com o executivo, agora depende apenas do Congresso Nacional brasileiro para que ocorra a revisão do Tratado de Itaipu, de 1973. Além disso, os dois governos continuam a discutir a possibilidade de o Paraguai vender diretamente a sua energia de Itaipu no mercado brasileiro. Samek disse que a diretoria brasileira produziu um estudo sobre a perspectiva do preço da energia em um horizonte de 20 anos. Segundo ele, esse material foi apresentado ao Paraguai, que avalia os cenários para vender diretamente a energia no Brasil.
Samek disse que as condições do tratado são favoráveis ao Paraguai porque evitam que a remuneração do país vizinho sofra influência das oscilações do preço da energia no mercado brasileiro. Ele considera importante a entrada gradual da estatal paraguaia Ande no mercado brasileiro, pois em 2022 a Usina de Itaipu estará paga e o anexo C do tratado será revisado. Por isso, "é importante que o Paraguai conheça as condições do mercado brasileiro", disse o executivo.
A captação de recursos que a Eletrobras planeja fazer até o final do ano pode alcançar o total de US$ 5,5 bilhões, segundo disse ontem o presidente da empresa, José Antônio Muniz Lopes. Dessa previsão de captação, US$ 2 bilhões já foram aprovados pela companhia e outros US$ 2 bilhões ainda precisam passar pelo crivo do Conselho de Administração da Eletrobras (CAE).
Além disso, explicou Muniz, a empresa estuda proposta de financiamento da francesa Areva de US$ 1,5 bilhão, para que a estatal adquira equipamentos adicionais para terminar a central termonuclear de Angra 3.
De acordo com a Eletrobras, da primeira parte de US$ 2 bilhões já aprovados pelo Conselho, o Banco Mundial deverá liberar cerca de US$ 500 milhões para a estatal reestruturar as empresas de distribuição que controla. Outra parcela de US$ 500 milhões ainda está em negociação com a Corporación Andina de Fomento (CAF) e seu destino não está definido.
Fonte - DCI
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