
De acordo com analistas do setor, busca por um parceiro faz parte da estratégia de Eike de reiterar os aportes na construção da termoelétrica mesmo frente ao rechaço de organizadores ambientalistas e moradores de zonas próximas ao futuro projeto. A iniciativa foi considerada ilegal e barrada pela Justiça do Chile, pelos danos ambientais que geraria à região do Atacama.
Com a entrada de um sócio no projeto, Batista poderia adaptar o cronograma de entrega da termoelétricas às exigências ambientais, em paralelo ao investimento na construção de outras termoelétricas de menor porte no Brasil.
A capacidade de geração de energia da termoelétrica chilena de Eike é quatro vezes maior que a Central Barracones, termoelétrica que teve sua construção cancelada a pedido do presidente do país, Sebastián Piñera.
Isso teria antecipado o prazo de entrega da Castilla, que será acompanhado de perto pelo governo federal - a preocupação é de que o cancelamento da termoelétrica de Eike, também por questões ambientais, poderia afetar o abastecimento de energia no país a longo prazo. A questão foi discutida recentemente na sede do governo por Piñera, o Ministro da Energia do Chile, Ricardo Raineri, e executivos de CGX.
Os opositores do projeto, como o senador Guido Girardi, pediu ao presidente Lula que interceda Batista antes de finalmente parar o projeto, diz a reportagem. A oposição à iniciativa aumentou substancialmente após a decisão do governo de transferir o local da Central Barrancones Suez para fora de Punta de Choros - norte do país, onde estariam instaladas as futuras termoelétricas do empresário brasileiro.
O plano da Comissão Nacional de Energia (CNE) de projeção da oferta de geração de energia do país inclui a instalação de cerca de dez centrais elétricas a carvão na região norte do Chile.
Fonte - Exame
Sem comentários:
Enviar um comentário