A expansão dos indicadores econômicos de Mato Grosso com o Peru e deste com o Brasil dá o sinal de alerta para as oportunidades de negócios entre os dois países. Esta é a principal constatação de empresários brasileiros e da Missão Logística do Peru, reunidos em Cuiabá nesta quinta-feira (22). A atividade promovida pelo Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru e apoio do Sebrae-MT teve como objetivo colocar frente a frente quem quer comprar e quem quer vender.
Dados da Secretaria de Indústria, Comércio Minas e Energia (Sicme) do governo do Estado mostram que no primeiro semestre deste ano exportações de Mato Grosso para o Peru somaram cerca de US$ 7 milhões, mas do que o comércio estadual com a Argentina, que registrou US$ 3 milhões no período.
O conselheiro econômico do Consulado do Peru em São Paulo, Antonio Castillo identifica outro potencial. Ele diz que em nível geral, “o Peru teve crescimento de 50% da exportação para o Brasil, entre janeiro e maio de 2010 contra 2009”. “Os empresários peruanos não sabiam que havia potencial de Cuiabá como região exportadora. Vimos aqui a possibilidade de comércio bilateral em cebola, batata, azeitona e peixe em conserva, cimento, sal”.
O indicador, afirma, precisa ser seguido pelos empresários mato-grossenses. O principal gargalo da efetivação de negócios é o custo logístico. Por isso, Castillo diz que neste segundo semestre, o Ministério do Comércio Exterior daquele país fará uma pesquisa de custo de distribuição de mercadorias do Peru para o Brasil, o que inclui rotas de Mato Grosso. Para fomentar ainda mais os negócios, de 4 a 6 de novembro, o governo peruano realizam em São Paulo a ExpoPeru, encontro de promoção de negócios, investimentos e para o qual empresários mato-grossenses foram convidados. Haverá no evento 200 empresas peruanas de exportação e investimentos.
O superintendente do Sebrae-MT, José Guilherme Barbosa Ribeiro, informa que a missão do Peru a Mato Grosso é um dos efeitos das ações da instituição, que tem levado empresários a visitarem o Peru nos últimos cinco anos. “Cuiabá e Mato Grosso, um Estado mediterrâneo, com a Rodovia Interoceânica no Peru, precisam aproveitar o fluxo de mercadorias que virão pelo Acre, Rondônia para a região Sul e Sudeste”.
O secretário Adjunto de Desenvolvimento da Sicme, Elio Rasia, avaliou a visita da missão peruana como algo para estimular os empresários de Mato Grosso a olharem e fazerem negócio com o Pacífico. “Teremos grande perspectivas de negócios em carnes, farelo de soja e óleo. Como algodão, que eles importam dos EUA e China”. Ele disse que o nível da missão é de empresários que têm visão e conhecem o que fazem. “Empresários e pessoas do governo peruano despertam e alertam empresários locais para os negócios”.
O gestor de negócios da Rede Centersul, Anderson Balestra, aponta a viabilidade da importação de cimento do Peru, grande produtor. E também mostra visão de alerta às oportunidades aos empresários locais. “É uma iniciativa do país que está alertando e informando o que tem disponível para atender o mercado”. A rede opera com 30 unidades no varejo de construção em Mato Grosso. O cimento peruano chegaria cerca de US$ 8,00 a saca de 42,5 Kg na divisa do Acre com o Peru. No mercado de Mato Grosso, ultimamente, o valor da saca de 50 Kg está cerca de US$ 14,00.
A Chefe de Planejamento e Projetos da Empresa Nacional de Puertos, de Ilo, Peru, Rosário Peña, citou avanços do encontro em Cuiabá. “Tivemos algumas consultas sobre produtores de sal para trazer o produto e fosfato. Há operador interessado em exportar do Peru e querem saber tarifa e custos”.
Conjuntura
O suporte para os negócios das economias complementares de Mato Grosso e Peru estão na Rodovia Interoceânica Sul, que liga o Oceano Pacífico do Peru a Cuiabá por Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) e cuja inauguração deve ser feita até o fim do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Iniciativa da missão promovida pelo Ministério do Comércio Exterior e Turismo compõe o Projeto Mercado de Fronteira, liderado pelo Sebrae nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre.
Segundo o diretor de Comércio Exterior do Peru, Francisco Ruiz Zamudio, o ambiente de negócios do país tem sido forte por causa dos acordos comerciais com EUA, União Europeia, Cingapura, Canadá, Japão. “Noventa e oito porcento dos produtos peruanos entram nesses mercados sem pagar imposto”. Zamudio diz que nos próximos cinco anos as exportações peruanas devem duplicar dos atuais US$ 30 bilhões. As vendas externas do país crescem 20% ao ano.
Junto com o governo federal, uma série de medidas tem aproximado o comércio bilateral. Motivo de investimentos nacionais no Peru em US$ 20 bilhões nos últimos anos, do porte de Camargo Correa, Odebrecht, Petrobras, Gerdau e Braskem. O país tinha crescimento do PIB antes da crise a uma média de 9% ao ano. No ano passado, houve crescimento de 0,7% e neste ano, a estimativa é de 6%.
Fonte - O Documento
Dados da Secretaria de Indústria, Comércio Minas e Energia (Sicme) do governo do Estado mostram que no primeiro semestre deste ano exportações de Mato Grosso para o Peru somaram cerca de US$ 7 milhões, mas do que o comércio estadual com a Argentina, que registrou US$ 3 milhões no período.
O conselheiro econômico do Consulado do Peru em São Paulo, Antonio Castillo identifica outro potencial. Ele diz que em nível geral, “o Peru teve crescimento de 50% da exportação para o Brasil, entre janeiro e maio de 2010 contra 2009”. “Os empresários peruanos não sabiam que havia potencial de Cuiabá como região exportadora. Vimos aqui a possibilidade de comércio bilateral em cebola, batata, azeitona e peixe em conserva, cimento, sal”.
O indicador, afirma, precisa ser seguido pelos empresários mato-grossenses. O principal gargalo da efetivação de negócios é o custo logístico. Por isso, Castillo diz que neste segundo semestre, o Ministério do Comércio Exterior daquele país fará uma pesquisa de custo de distribuição de mercadorias do Peru para o Brasil, o que inclui rotas de Mato Grosso. Para fomentar ainda mais os negócios, de 4 a 6 de novembro, o governo peruano realizam em São Paulo a ExpoPeru, encontro de promoção de negócios, investimentos e para o qual empresários mato-grossenses foram convidados. Haverá no evento 200 empresas peruanas de exportação e investimentos.
O superintendente do Sebrae-MT, José Guilherme Barbosa Ribeiro, informa que a missão do Peru a Mato Grosso é um dos efeitos das ações da instituição, que tem levado empresários a visitarem o Peru nos últimos cinco anos. “Cuiabá e Mato Grosso, um Estado mediterrâneo, com a Rodovia Interoceânica no Peru, precisam aproveitar o fluxo de mercadorias que virão pelo Acre, Rondônia para a região Sul e Sudeste”.
O secretário Adjunto de Desenvolvimento da Sicme, Elio Rasia, avaliou a visita da missão peruana como algo para estimular os empresários de Mato Grosso a olharem e fazerem negócio com o Pacífico. “Teremos grande perspectivas de negócios em carnes, farelo de soja e óleo. Como algodão, que eles importam dos EUA e China”. Ele disse que o nível da missão é de empresários que têm visão e conhecem o que fazem. “Empresários e pessoas do governo peruano despertam e alertam empresários locais para os negócios”.
O gestor de negócios da Rede Centersul, Anderson Balestra, aponta a viabilidade da importação de cimento do Peru, grande produtor. E também mostra visão de alerta às oportunidades aos empresários locais. “É uma iniciativa do país que está alertando e informando o que tem disponível para atender o mercado”. A rede opera com 30 unidades no varejo de construção em Mato Grosso. O cimento peruano chegaria cerca de US$ 8,00 a saca de 42,5 Kg na divisa do Acre com o Peru. No mercado de Mato Grosso, ultimamente, o valor da saca de 50 Kg está cerca de US$ 14,00.
A Chefe de Planejamento e Projetos da Empresa Nacional de Puertos, de Ilo, Peru, Rosário Peña, citou avanços do encontro em Cuiabá. “Tivemos algumas consultas sobre produtores de sal para trazer o produto e fosfato. Há operador interessado em exportar do Peru e querem saber tarifa e custos”.
Conjuntura
O suporte para os negócios das economias complementares de Mato Grosso e Peru estão na Rodovia Interoceânica Sul, que liga o Oceano Pacífico do Peru a Cuiabá por Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) e cuja inauguração deve ser feita até o fim do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Iniciativa da missão promovida pelo Ministério do Comércio Exterior e Turismo compõe o Projeto Mercado de Fronteira, liderado pelo Sebrae nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre.
Segundo o diretor de Comércio Exterior do Peru, Francisco Ruiz Zamudio, o ambiente de negócios do país tem sido forte por causa dos acordos comerciais com EUA, União Europeia, Cingapura, Canadá, Japão. “Noventa e oito porcento dos produtos peruanos entram nesses mercados sem pagar imposto”. Zamudio diz que nos próximos cinco anos as exportações peruanas devem duplicar dos atuais US$ 30 bilhões. As vendas externas do país crescem 20% ao ano.
Junto com o governo federal, uma série de medidas tem aproximado o comércio bilateral. Motivo de investimentos nacionais no Peru em US$ 20 bilhões nos últimos anos, do porte de Camargo Correa, Odebrecht, Petrobras, Gerdau e Braskem. O país tinha crescimento do PIB antes da crise a uma média de 9% ao ano. No ano passado, houve crescimento de 0,7% e neste ano, a estimativa é de 6%.
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